Sou a Mariana e estou no 11º ano. Estudo nos Maristas desde os meus 3 anos e, desde o 1º ciclo, que participo em ações de voluntariado promovidas pelo colégio (banco alimentar e cabazes de Natal). Nestes últimos anos, tenho participado mais ativamente em outras iniciativas, como a refood, o CASA, a Casa da Criança de Tires.
Algo que me marca e me move desde pequena são os valores de solidariedade, humildade e simplicidade que tanto marcam esta Casa Amarela. Valores estes que me inspiram e que vivencio intensamente nas ações de voluntariado.
Ser voluntária marista ultrapassa a definição de “voluntário” que consta no dicionário, é estar presente, é escutar com atenção, é sobretudo direcionar a minha dedicação a uma pessoa ou a uma causa! Ser voluntária é uma experiência que me transforma profundamente das formas mais diversas e inesperadas, o voluntariado muda-nos completamente e, enquanto voluntária, gosto de acreditar que fiz a diferença, fiz uma pequenina diferença, alegrei o dia daquela pessoa. Enquanto ser humano, nesta sociedade regida pelos “grandes”, por vezes, sinto-me impotente, e penso que a minha ajuda pode nem sempre ser significativa, isto é, penso que ao final do dia tudo será em vão e voltará ao mesmo, até o Bruno, um jovem da casa da criança, me ter perguntado “Então, Mariana, quando voltas?”. Estas palavras inocentes preencheram-me e fizeram-me sentir um bocadinho menos impotente, fizeram-me sentir que aquela manhã em que me dediquei a eles, de facto fez uma pequenina diferença.
Com isto eu quero dizer que não faço voluntariado porque me faz sentir bem, ou porque posso fazer check na lista de boas ações ou metas do ano, para mim, vai muito mais além disso. Foi com o voluntariado que comecei a compreender genuinamente o conceito de ajudar sem esperar absolutamente nada em troca.
E, para terminar, gostava de partilhar que é impressionante a forma como todas as experiências e vivências de voluntariado nos marcam e nos tornam mais sensíveis para o mundo que nos rodeia (libertam-nos do egocentrismo intrínseco em nós).
Obrigada!